NINGUÉM & SISTEMA
Enquanto manifestações ecoam pela morte da juíza “linha dura”, que simplesmente tratava bandido como bandido, diferente de outros colegas mais carinhosos e compreensivos, ouvi na rádio CBN, que segundo a FIESP (Federação de Indústrias do Estado de São Paulo), escoam pelo ralo da corrupção de 50 à 70 bilhões de reais por ano em nossa rica e ao mesmo tempo miserável colônia. |
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No momento a presidenta anda fazendo uma faxina no governo. Não se sabe se de mentirinha, só para reprisar o filminho fajuto da “caça aos marajás” da era Collor ou se é para valer. Se for para valer, ninguém ou o sistema anda comentando de boca miúda como de praxe na escória da humanidade, isto é, na classe política, que se continuar a limpeza, a autoridade máxima da colônia não chega ao final do mandato. A mesma escória que comenta o golpe, morre de saudades do fisiologismo franciscano do ex-presidente, estadista máximo de aloprados e “cumpanheiros”. E pensar que votei nessa gente anos atrás. Mas ainda posso escrever a respeito da gatunagem que leio nos jornais e da degradação que acompanho por onde trabalho. Podia ser pior. Ver tudo e não poder falar nada como era num passado nem muito distante. Escrevo, denuncio, fotografo e recupero compulsivamente, pois não consigo me conformar com que tenho conhecimento. Minha esposa me diz que parei na adolescência. Não concordo muito com isso, mas às vezes também não dá para negar minha compulsão juvenil diante de tanta pasmaceira. No ano que vem tem a ECO+20 e a situação ambiental na qual nos encontramos na cidade maravilhosa também é maravilhosamente crítica. Como explicar ao mundo e a seus representantes que depois de vinte anos de muita conversa, muita obra e muitos bilhões de reais nossos corpos dágua continuam naquele bostuário mais do que conhecido? Seria a culpa de NINGUÉM e ou do SISTEMA? É óbvio que teremos um terreno fértil para resposta zen budistas, cardecistas, elevando a falta de vergonha na cara de nossa escória política à campos jamais imaginados em tempo algum por qualquer roteirista de filmes pornôs de última categoria. Enfim o negócio é rezar pela juíza “linha dura” numa colônia onde tudo muda de nome conforme o gosto do SISTEMA e de NINGUÉM. Onde linha dura, escroto, caxias, chato, artista são muitos dos adjetivos obtidos por quem gosta de trabalhar direito e teve a chance de ter boa educação dentro e fora de casa e resolveu botar a mão na massa e por isso, muitas vezes se ferra pagando com a própria vida. Vai entender esse povo que a quase nada reage...Mario Moscatelli - Biólogo |
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