fotos Julho 2010

Desço do helicóptero, minha nave terrestre de monitoramento, sinto dores na pernas, minha cabeça também está meio doída, junto com meu corpo. Sinto aquele detestável sentimento de impotência diante de um inimigo vertiginosamente maior do que eu. Penso no que passei nesses últimos dois anos. Muita coisa para tão pouco tempo e a batalha nem ao menos começou aqui fora... e o tempo? Será que ainda há tempo?

Mas vem outra pergunta: Será que queremos mudar alguma coisa? Em quanto tempo? Temos ainda tempo? Quanto tempo?

Finalmente olhando lá de cima toda essa carnificina ambiental, penso em minha família, em meus amigos manguezais, na Força e no "Dark Side" que com toda a certeza domina a situação. Tenho fé que podemos mudar.

E quando não é fogo, o ataque vem por do lixo lançado do alto para baixo.

Não satisfeitos em destruir as águas, as baixadas, as lagoas e baías, agora o Homo fecalis, aquele que só pensa, fala e faz merda, enquanto não consegue derrubar algum avião com centenas de passageiros por meio de seu "lúdico esporte" de soltar balões, conseguiu há alguns dias praticamente torrar a vegetação de um morro inteiro.