2008 – O ANO DA TERRA E DO TROCO
Educação é que nem plantio de restinga, demorado, lento, onde tudo vai contra o desejo da recuperação de tão ameaçado e importante ecossistema. Mas ultrapassadas as duras etapas iniciais, os “jardins” formados, são de rara beleza em ambiente tão hostil. Com as últimas informações obtidas pela análise das provas em matemática, linguagem, interpretação de textos e ciências, nosso país continente também é gigante nas maracutais de nossa “mui” honrada classe política como na ignorância que toma conta dos cérebros de boa parte de nossos jovens.
Acho sinceramente uma babaquice esse negócio, ano disso e daquilo. Talvez para as crianças seja estimulador, mas pensem comigo, depois de 3.5 bilhões de anos de evolução a espécie dominante do pedaço lembra do planeta que o sustenta e digamos lhe “concede” um ano! O ano do Planeta! E os demais, os outros que vierem, vão ser do que? Da mangueira? Do Vasco da Gama? Do Mickey? Enfim o ano de 2007 deixa aquele gosto amargo que fomos feitos de trouxas mais uma vez. A estação de tratamento do Arroio Fundo até agora não foi finalizada e o tal legado ambiental dos jogos Pan Americanos até o momento ficou apenas na porra do marketing.
A prefeitura do Rio de Janeiro, se notabiliza como a que menos dá importância ao meio ambiente da cidade. Não controla porra nenhuma, sem políticas de habitação e transporte, as favelas deitam e rolam, deixando a vida lhe levar e nós com ela, pagando cada vez mais por cada vez menos. As unidades de conservação municipais em petição de miséria vão indo, para o c....... Foi triste de ver o Parque da Cidade, outrora área de lazer, onde quando criança costumava passar finais de semana com meus pais, hoje é área de crescimento da favela local, onde entra quem quer, principalmente caminhão com material de construção. Enfim naquela zona institucionalizada na qual nossa cidade se transformou. No entanto uma nova idéia vem se materializando e se difundindo entre a população que é obrigada a pagar pelo que não recebe, isto é, pagar o IPTU em juízo. Taí, parece que depois de ser tanto abusada, a rapaziada está acordando e partindo para o confronto democrático com as forças que abusam de nossa paciência e de nosso dinheiro bem como destroem e deixam destruir nossa cidade. Ando pensando até em fornecer publicamente um relatório ambiental da situação de nossa cidade para que seja usado por quem quiser como um dos argumentos para o pagamento em juízo contra a nefasta gestão dos recursos naturais da cidade do Rio de Janeiro pela prefeitura local. Tomei gosto pela idéia. Vamos entrar em 2008 dando o troco à essa corja que apenas consome os recursos econômicos e ambientais de nosso bolso e cidade sem dar os serviços correspondentes. Caberá ao Judiciário resolver quem está com a razão. Enquanto isso para que os Cariocas não se sintam sozinhos em seu processo de degradação, em anexo o resultado do sobrevôo na baía da Ilha Grande. Pobre Angra dos Reis. | ||
Mario Moscatelli - Biólogo - moscatelli@biologo.com.br |
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