LIÇÕES DE MAIS UMA COPA
Agora que acabou
a Copa do Mundo, com ela ficaram muitas lições que com
toda clareza podemos utilizar em nosso dia a dia.
Mas voltando a Copa, o que se viu naquele pútrido jogo entre o Brasil e a França era o reflexo quase perfeito do que venho esbravejando. A apatia, o jogo burocrático apenas esperando o tempo passar para enfim voltar para suas agradáveis e luxuosas moradias européias, seu carrões de luxo, suas modelos/atrizes, seu eurodólares enfim para a vida que eles, jogadores, realmente merecem. É igualzinho como acontece como os nossos administradores públicos, que tocam a joça dessa colônia, onde quem denuncia, acaba sendo marcado como encrenqueiro e onde quando dá no que deu, ninguém tem culpa. Vocês assistiram à entrevista do jogador do meião? Aquele que devia estar marcando o francês que fez o gol? Segundo ele, não era da responsabilidade dele marcar o francês que entrou na avenida que ele e seus companheiros abriram para o gol europeu. Reitero que o discurso e a prática são IGUAIS à de todos que compartilham religiosamente do sagrado sacramento brasileiro da irresponsabilidade onde “filho feio não tem pai” e onde a responsabilidade do erro é SEMPRE dos outros. E assim eu acompanho há anos todas as desculpas esfarrapadas do poder público a respeito da degradação, sempre em crescimento em nosso estado. NUNCA NINGUÉM TEM CULPA DE PORRA NENHUMA! Vai ver que o culpado sou eu de ver toda a caca acontecendo de baixo e de cima e da minha educação que sempre privilegiou a responsabilidade, palavra pesada mas necessária para quem quer que as coisas mudem e para melhor. Mais um exemplo recente da irresponsabilidade é o caso da favela do rio Piraquê onde eu mostro a zona lá de cima e o IEF singelamente afirma pela mídia que fiscaliza e fica por assim mesmo. Realmente fiscaliza, merda nenhuma, pois os barracos avançam sobre manguezais, apicuns são drenados e loteados e no mundo oficial, fora da realidade que encontro lá no alto tudo corre como deve correr, isto é, mais um curral eleitoral sendo criado, mais um favelão com milhares de iludidos onde algum espertalhão vai se tornar líder e representante desta cultura suicida de usar até acabar. Enfim restou-me
o consolo por ser filho de uma mãe napolitana arretada, torcedora
do Fluminense (as cores são da bandeira italiana), ficar boquiaberto
com o jogo entre Itália (trator de objetividade) e Alemanha,
e depois com a tríplice vingança sobre a França
(1998/2006/expulsão do carrasco). É
assim que meu avô Michelle ensinou ao meu bom pai Giuseppe, que
este me ensinou e que eu agora ensino às minhas pequenas “padawans”. |
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