indignAÇÃO
Toda vez
que eu passava pelas favelas da Rocinha ou de Rio das Pedras bem como
pelo complexo do Alemão, eu ficava me perguntando como é
que aquilo podia ter chegado daquele tamanho sem ninguém ter
esboçado qualquer tipo de reação? Toda aquela ocupação
sem pé nem cabeça, deve ter começado por algum
lugar em determinado dia e como, como deixamos chegar do jeito que está
hoje? E como será o dia de amanhã? Essas incursões aéreas são de um poder educativo e emocionalmente desolador que todos que tem um mínimo de responsabilidade nesse caldo de caos no qual vivemos deviam ao menos uma vez por mês acompanhar o que a irresponsabilidade do “poder pútrido” gera no tecido urbano e ambiental de nossa cidade.
Tá lindo! Passou uns meses e lá fui eu ver a situação no dia 14 de agosto, quando para a minha certeza e não surpresa, os barracos se transmutaram para edificações palafitadas de alvenaria. Pois é, em oito meses de gestação, assim que pequenos embriões de favelas, futuros currais eleitorais de representantes do povo vão sendo criados, multiplicados diante da voracidade fiscal de um “poder pútrido” incompetente, malevolente e com a certeza que não vai pegar nada para qualquer “auturidadi”, visto que como já tenho dito essa é a republiqueta dos cornos mansos. Aproveitando o sobrevôo, fui checar a situação da lagoinha das Taxas, como se eu já não soubesse o que eu iria encontrar. Chegando, já pude constatar como de praxe, a SERLA não fez o serviço completo na retirada das gigogas que em janeiro de 2006, eu tive de denunciar por meio da mídia, visto que o espelho dágua tinha se transformado num pasto devidamente adubado por esgoto doméstico proveniente da periferia urbanizada. Como o esgoto não pára de chegar, aqueles 30% de gigogas deixadas capiciosamente pela SERLA estão numa bacanal sem fim se multiplicando mais uma vez que nem pinto no lixo e tomando o espelho dágua do pequeno pinico lagunar. Junte-se às gigogas, cores psicodélicas de sedimentos e algas tóxicas, que devem estar criando o “maior barato” na bicharada que ainda suporta viver naquela cloaca. Caberia perguntar: Alguém será punido por mais essa cagada? Aí eu respondo: É “craro” que não! Ora, ora se tem hospital público jogando seringa, cateter e ampola com sangue pela galeria de água pluvial na laguna da Tijuca, e ninguém faz porra nenhuma contra. Ora, ora, quem é que vai se importar com a gigoga da lagoinha? Me diz? Para não ficar só no choramingo de sempre, abaixo apresento texto de relatório que estarei encaminhando ao Ministério Público Estadual e Federal nesta segunda, dia 21/08/06 solicitando ações imediatas em relação ao caos ambiental flagrado fotograficamente gerado pela apatia do pútrido poder executivo. Espero que tal iniciativa também estimule os leitores para se mexerem, pois assim você pode mudar alguma coisa. MEXAM-SE E COBREM!!!!!! Enquanto isso, vê se escolhe bem o seu representante, pois senão, depois não adianta reclamar. Para
conferir o último relatório fotográfico, visite
www.biologo.com.br/MOSCATELLI/fotos3.html |
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