.Planeta Oceano Maximiliano Freitas


Oi, amigos.

Nos últimos 10 anos, tenho dedicado minha vida ao estudo dos oceanos. Trabalhei – e ainda trabalho - como oceanógrafo, pesquisador, professor, consultor e, claro, instrutor de mergulho.

Sempre tive vontade de dividir com outras pessoas meu amor pelo mar, as historias que vivi e ouvi, o conhecimento que adquiri ao longo desses anos... e os organizadores do biologo.com.br me deram essa oportunidade.

Assim, a partir de hoje vocês vão encontrar uma coluna Planeta Oceano totalmente reformulada, com informações sobre oceanografia, biologia marinha, mergulho, viagens e expedições a ilhas distantes e as profundezas dos oceanos.

Espero poder contribuir para levar até vocês as maravilhas sonhadas por Jules Verne e desvendadas por Cousteau. Vá fundo... e divirta-se!
Abraços,
Max

A conquista das profundezas

Lá pelos meados do século XX, praticamente todas as terras emersas habitáveis já contavam com a presença do homem ou de alguma de suas construções ou equipamentos instalados. Do deserto australiano ao topo do Himalaia e às florestas da Nova Guiné. E hoje são raros os lugares onde a presença do homem não pode ser sentida.

Entretanto, escondido sob um manto azul, o fundo dos oceanos ainda guarda mistérios e curiosidades não catalogadas em museus ou descritas em bibliotecas. Ainda hoje as expedições cientificas se maravilham com descobertas de criaturas bizarras e ecossistemas complexos.

Os oceanos, que cobrem cerca de 70% da superfície de nosso planeta, são, de fato, a derradeira fronteira. Durante milênios, homens desejaram descer às suas profundezas, por puro encanto ou para recuperar tesouros perdidos. Muitos se aventuraram até os 20 ou 30 metros, utilizando sinos ou campânulas.

O filósofo grego Aristóteles já fazia referencias a pescadores de esponjas que desciam ate os 30 metros em campânulas de mergulho. Mas a profundidade média dos oceanos se aproxima dos 4.000m!!!

O escafandro surgiu em 1819, permitindo aos mergulhadores descerem a maiores profundidades e tornando possível a exploração de milhões de quilômetros quadrados de leito marinho, além de pesquisas e resgates de tesouros. Essa revolução só seria igualada na metade do século XX, quando Jacques Cousteau e o engenheiro Emille Gagnan desenvolveram o hoje popular aqualung.

Porém, até 1930 nenhum homem havia descido a mais de 200 metros. Até que, entre 1930 e 1934, Willian Beebe e Otis Barton realizaram imersões que chegaram a 923 metros em uma esfera de aço. Vinte e seis anos depois, Jacques Piccard e Donald Walsh desceram com o batiscafo Trieste a quase 11.000 metros na Fossa das Marianas!!!

Para se ter uma idéia dessa espantosa marca, basta lembrar que o Monte Everest, o ponto culminante do planeta Terra, possui “apenas” cerca de 8.850 metros de altitude!!!

Maximiliano Freitas - max@biologo.com.br

imprimir
imprimir a página
artigo anterior

.

meio ambiente urgente | ongs | página inicial

A opinião dos colunistas é de inteira responsabilidade dos mesmos